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sexta-feira, 11 de junho de 2010

pra quem é Eu, pra quem é Nós


"Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se, sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão perdidamente, apaixonou-se..." (C.F)




É impossível não pensar em namorados no Dia dos Namorados. Como é muito raro assistir tv, me livro das melosas propagandas, mas esse romantismo nos é empurrado por todos os lados: tá na sua página inicial, nos nomes das festas de rep. (pelo menos Escritório tá reabrindo agora e sábado tem Festa dos Solteiros), nas TT's do twitter e até nos corredores do CCH às 8:30 da manhã.
Ok.

Pensei nos meus Dia dos Namorados passados. Até que passei vários acompanhada. Já que não tinha nada melhor pra fazer em Mineiros, eu namorava. "A Francielle é muito namoradeira", segundo minha mãe; ela jurava que no máximo até o meio do ano passado eu já estaria de namorado novo. HAHA, ledo engano. Agora ela já percebeu que não tô muito pra isso aqui em Londrina, e assim continuarei por um bom tempo. Bom, acho que ela me prefere antes como "namoradeira convicta" do que "solteira convicta". Mas não vou entrar em detalhes quanto às preferências da minha mãe em relação às minhas convicções.

Tive quatro namorados. Três do tipinho pré adolescente, em que tinha de dar migué nos pais e fazer mil e uma coisas pra ninguém pegar; e um sério que durou por volta de dois anos. Em Dia dos Namorados já levei bolo por causa de avô doente, tomei chuva, ganhei presente em casa. Foram desastrados, estressantes, cômicos, românticos. CD's, roupas feias, cestas, livros, sapatos.

São 6 anos de histórias dessas frescuraiadas todas.

É engraçado como cada relacionamento, por mais juvena ou passageiro que tenha sido, deixa alguma coisa pra trás e um pedacinho do outro fica com a gente. É inevitável.
O cheiro próprio dele; uma gíria; uma banda que você acabou gostando e ficou; uma mania ...
é coisa pequena, mas acaba por mudar um fragmento nosso. Assim, carregamos a pessoa pro resto da vida, mesmo sem perceber.
Aprendi a ser fria como sou agora com meu primeiro namoro, talvez porque eu tenha gostado demais, talvez porque tenha sido a primeira paixão que acabou durando anos e me marcou muito; foi uma coisa infantil e profunda.
Tive amigo que virou namorado, mas nunca namorado que virou amigo. Não dá.
Uma vez uma amiga me disse que "quando se ama muito a pessoa, não dá pra ter uma amizade depois", e é bem isso. Mas guardo com carinho.

Namoro é coisa complicada. Acaba que tudo fica muito forçado: "eu tenho que ligar pra ela", "nós temos que sair juntos", "temos que trocar presentes".
Por isso tô feliz como tô, sem namoro. Fico por gosto, gosto porque quero, tô do lado porque me faz bem.
Nada imposto, é só gosto.
Namoro com o mundo e tô apaixonada.
Fico com minha doce solidão, que posso mandar passear quando quiser. Depois chamo de volta e dormimos abraçadas.
É claro que às vezes ela vai mais longe e demora pra voltar. Aí sinto falta, aí queria alguém pra bagunçar o cabelo.
Mas passa. E sorrio. Dou gargalhadas.

'Posso estar só, mas sou de todo mundo' (M.C)

Feliz Dia dos Namorados pra quem vai trocar presentes com alguém.
Um mais feliz Dia pra quem vai aproveitar ficando sozinho, com o cachorro, com o trabalho da facul ou pra quem vai pegar uma super balada com as amigas solteiras.
até porque sábado é véspera do aniversário da minha grande amiga de Londrina, parcera de 'não tem tempo ruim pra balada" e solteira convicta!

e que seja doce
pra quem é nós; pra quem é eu :)

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