Páginas

sexta-feira, 3 de junho de 2011


À ela couberam os diminutivos, mas só porque é baixinha. Diante dos outros e do mundo cresce e se faz durona. É do tipo que junta o doce e o amargo numa só mistura e mostra o lado bom de ambos.
É frágil com o coração resistente; racionalmente irracional, ou vice-versa. Constrói castelos de sonhos com estruturas reais e nele vai levando a vida.
É o ouvido da madrugada que vira-e-mexe a gente precisa, junto com as palavras carregadas de sinceridade. O depósito de segredos incompartilháveis. São os olhos verdes que servem de aconchego, bem como as folhas que vão dando o ar da graça na primavera.
É a timidez e a boca solta; as palavras medidas e os palavrões que não pedem licença nem escolhem lugar para aparecer.
É o carinho e a atenção depois de alguns meses sem ver.
É a viagem de mais de 10 anos de amizade, que só agora pude me dar conta de que já faz tudo isso. Da gincana na rua aos bares da vida; da amarelinha e esconde-esconde ao carro e outras cidades. Do primeiro beijo aos planos de carreira. Da teoria para a prática.
É o perdão pelas pisadas na bola; a compreensão do afastamento. A injeção de energia nos dias difíceis de viver e a corda que te tira do fundo.
É o tipo de pessoa que nos faz ter orgulho de conhecer, prazer em ter perto e desejo de manter aquele laço mágico que supera distâncias pra sempre.



Parabéns, loira.
Se já podemos doar órgãos uma pra outra, dizer que te amo é desnecessário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário